Se a esperança morrer
Se a esperança morrer
Título: Se a esperança morrer
Autora: Céu Cruz
Tive tudo e tudo perdi,
ou talvez nada seja meu ou nunca o fosse,
e se a vida me foi emprestada
e o corpo também não é meu,
e a alma me será levada...e se eu perder a esperança!?
Tive tudo,
sucumbi à vaidade castrando os dias.
Matei cem horas, mil semanas, e rindo-se os anos desfilaram as suas vaidades. E gargalharam de mim, e partiram...
Sempre achei que tinha tudo e nada tenho, ou se tenho, é um punhado de nada.
Quando os sonhos se acabam a gente morre!
Quando a ilusão ergue barreiras á realidade tudo acaba e até mesmo a vontade se acobarda.
O coração vazio, não pulsa,
o amor adormece com a saudade, o sangue desbota e empalidece,
a história deixa de se escrever e ser contada.
Fecha-se a capa, e o livro acaba abruptamente, assim mesmo, sem um final decente.
Aferrolha-se a porta ao sol.
Na penumbra eu antevejo o olhar flamejante da avidez, poluta, fulgurante e aniquiladora, ela é fatal, um engodo.
Enfadada com a pequenez da minha essência,
o que me resta é sucumbir amargurada.
E porquê viver angustiada,
quando os sonhos não têm limite?
Malfadada ignorância de um tolo mortal, que reprime a sorte num ato imoral,
que reprime a viveza que é dom natural,
que se acobarda e tolhe esta dádiva sem igual.
Tinha tudo, e tudo perco,
os anos correm, os sonhos morrem, no pó sou nada.
Atravanca-se a voz como se acanha a pele,
emudece a alma e o olhar padece.
Viver num claustro restrito,
é perder o rasto ao nosso infinito.
Maldito brilho da infame abastança, que turva os sonhos e embaça a esperança.
Sim, eu tenho tudo, e partirei sem
anad
Portugal🇵🇹 09-1
documentation: Waffaa Badarneh


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